Uma das formas mais usadas atualmente para entender o comportamento do consumidor, o neuromarketing veio para modificar por completo o processo de tomada de decisões do público de consumo. O próprio conceito diz muito a respeito: o neuromarketing, em sua definição, é a mistura da neurociência com o marketing e tem como um dos principais objetivos entender o porque de clientes preferirem uma marca em detrimento de outra, comprar um produto ao invés de outro e até mesmo se tornar um consumidor fiel.
O neuromarketing não se baseia em estudo explícitos, pesquisas de opinião, feedbacks e muito meno em comentário que meçam o nível de satisfação dos clientes. Pelo contrário. Ele busca entender o que acontece no subconsciente das pessoas, pois é exatamente lá que as principais decisões são tomadas, onde partes específicas do cérebro são ativadas.
Em um estudo realizado pela Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS) foi demonstrado que o ato de escolha das pessoas passa por três etapas:
1- Seu cérebro decide, logo de cara, o que você vai fazer;
2- Essa decisão vai para a sua parte consciente, dando a sensação de que você está tomando ela de modo racional (mesmo que não esteja, é importante a sensação de segurança no momento de escolha);
3- Você age segundo a decisão tomada.
Porém, se toda vez que você precisar enviar algo de modo consciente para o cérebro para que, só então, isto seja realizado, o processo cansaria sua mente. É exatamente por isso que boa parte das decisões são tomadas de forma “espontânea”, quase como se o nosso cérebro usasse um piloto automático.
Conhecendo melhor o funcionamento cerebral e o modelo como as decisões são tomadas é possível, através do neuromarketing, aliar estratégias de marketing voltadas para acionar especificamente as partes do cérebro ligadas à emoções e fazer então com que determinado produto tenha maior aceitação do público. Quando a campanha publicitária se conecta com o cliente de forma pessoal e emocional, a venda é apenas consequência.
Um exemplo disso foi feito em um estudo onde existia uma mensagem divulgando um produto em um outdoor. Em um primeiro momento colocaram apenas a mensagem, e somente 18% dos entrevistados afirmaram parar e ler a respeito do que se tratava. Em outro momento colocaram a mesma mensagem mas com um bebê olhando para ela. O percentual de pessoas que pararam para ler o que estava escrito, atraídas pela foto do bebê no plano principal, subiu para 56%.
Com base nisso, existem alguns pontos chaves para aplicar o neuromarketing ao seu modelo de negócio, e são eles:
- Utilizar imagens mais do que textos
- Investir em campanhas onde se usam o rosto de pessoas, sejam elas adultas ou bebês. O contato visual com rostos femininos ou masculinos atrai um público maior e é mais fácil prender a atenção de alguém desta forma
- Usar o poder das cores. Cada cor influencia diretamente as emoções. Saber fazer uso disso aumenta em 37% as chances de sua campanha atingir seu público alvo
- Associar o preço do serviço em um primeiro plano. Estudos comprovam que as pessoas se sentem mais propensas a responder de forma positiva a uma campanha quando sabem, logo de cara, quanto custa o serviço. O senso de “honestidade” em passar para o cliente quanto ele vai pagar de forma dinâmica aumenta as chances de venda.
Com um pouco de técnica e estudo é completamente possível aplicar os conhecimentos de neuromarketing ao seu negócio e alavancar exponencialmente suas vendas. E aí, tá esperando o que pra começar?
Tanara Fagundes para Brains Coworking