Cada vez mais nos deparamos com uma sociedade competitiva e individualista. Entretanto, não nos falta exemplos de pessoas que, por meio de suas iniciativas, compartilham experiências, ideias e novos formatos de negócio. Esta forma de levar a vida é precedida por um fenômeno relativamente novo mas que já demonstra grande abertura de mercado e aceitação da população: a economia colaborativa.
Originada do inglês Sharing Economy, a economia colaborativa é um sistema socioeconômico criado a partir da partilha de recursos tanto humanos quanto físicos. Na verdade, a base deste fenômeno é a partilha de modo geral. Na economia colaborativa, todo o processo de criação, produção, distribuição, e o consumo de bens e serviços compartilhados fazem parte da estrutura que compõe a Sharing Economy. O que difere este movimento de uma mera prestação de serviços é o fato de que a economia colaborativa visa a troca de experiências e não somente o consumo por meio de um serviço. Deste modo, o consumo se dá de modo mais consciente.
Um exemplo disso é o Uber. Ao criar um aplicativo de “compartilhamento de caronas”, Garrett Camp e Travis Kalanick formaram uma das formas mais conhecidas de sharing economy. Cobrando um preço majoritariamente justo para levar uma pessoa de um lugar a outro de carro, você fomenta a economia compartilhada ao mesmo tempo que estimula um ambiente mais sustentável, uma vez que boa parte das pessoas que utilizam o aplicativo opta por deixar o carro na garagem (em alguns casos até mesmo vendem seu automóvel), o que diminui o número de poluentes na rua. Outro ponto positivo é a geração de emprego. Pessoas a procura de uma oportunidade podem começar uma iniciativa autônoma bastando ter um carro ou, em alguns casos, alugando um. É um circulo do bem, por assim dizer.
A economia colaborativa utiliza-se de Tecnologias da Informação para gerenciar seu meio de troca (divulgação do produto, conhecimento do público alvo e sistema de pagamento geralmente são feitos por meio de aplicativos), bem como também para capacitar os colaboradores e fornecer informações quantitativas para organizações governamentais. Basicamente todo o processo é feito online, o que também se traduz em uma economia de espaço físico. Outro exemplo que segue esta linha de raciocínio é o Airbnb. No aplicativo, pessoas de mais de 190 países podem se cadastrar para ceder sua casa (ou parte dela) para que outras se hospedem. O negócio foi tão longe que hoje já é possível se hospedar em cômodos de castelos medievais, por exemplo.
Segundo um estudo divulgado pela PWC, setores como finanças, turismo, compartilhamento de automóveis, entre outros vão movimentar, apenas no Reino Unido, mais de 9 bilhões de euros até 2025. No Brasil, devido a processos burocráticos e a dificuldade recorrente do governo em fomentar ideias inovadoras, este movimento ainda é tímido mas a tendência é crescer. Um exemplo clássico é o aumento na quantidade de coworkings espalhados pelo país. Sendo mais um modelo de economia colaborativa, esta nova forma de trabalhar permite a troca de experiências e a facilidade em criar um bom network. Novamente o sharing economy mostrando pra quê veio.
E você, já faz parte desta nova tendência? 🙂
Tanara Fagundes para Brains Coworking