Paraná tem três cidades no ranking de empreendedorismo

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O Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) do Brasil, feito em 2017 pela Endeavor Brasil , mostrou um estudo com as melhores cidades para ser empreendedor (a) no país. A pesquisa, listada em forma de ranking, foi feita em 32 cidades de 22 estados. Todo o estudo leva em consideração sete fatores. São eles: capital humano, infraestrutura, inovação, cultura empreendedora, acesso a capital, ambiente regulatório e mercado.

Mesmo em um país onde a mão do Estado ainda pesa em cima de quem quer abir o próprio negócio, ainda existem cidades onde o poder de regulamentação é moderado, as taxas são menores e a flexibilidade para investir em ideias e ter um retorno lucrativo com elas é uma possibilidade real. Neste cenário, é um deleite para os curitibanos saber que eles se encontram na 4ª posição, ficando atrás somente de São Paulo (1º), Florianópolis (2º) e Vitória (3º). A cidade subiu 11 posições desde a última vez em que o estudo foi feito, saindo do 15º para enquadrar entre as 5 melhores. Apesar de ter pontos relevantes a serem aprimorados, a capital paranaense se destacou na lista pela qualificação dos profissionais, bem como um mercado regulatório satisfatório e aprimorado. Outro diferencial dos profissionais da capital é a capacidade de constante renovação e a abertura para o novo, o desafiador.

Em um país onde a burocratização é um dos principais fatores que dificultam o cidadão a abrir o próprio negócio – empresas levam em média 80 dias só pra conseguirem ter as condições próprias para operar – o empreendedor curitibano tem a vantagem de efetivamente viver em um estado onde as condições não só são (um pouco) melhores como também entende a necessidade de buscar alternativas para criar um negócio mais liberal, indo contra a maré taxativa do Estado.

Outro ponto a ser considerado no momento do investimento é a faixa econômica dos consumidores. Em um contraposto com estados do norte e nordeste (listados entre os menos acessíveis para se abrir um negócio) as condições de consumo – necessárias pra fazer a “roda girar” – precisam crescer e serem minimamente proporcionais ao que é investido. E isto acontece em Curitiba, por exemplo, também motivo para a cidade ter subido tanto em tão pouco tempo.

Voltando para o ranking, dentro do Top 10 encontra-se Maringá, em 8º lugar (mostrando que, mesmo com as limitações estruturais de uma cidade com pouco mais de 300 mil habitantes, quando se tem visão de mercado e ambiente favorável, o céu é o limite). Mais abaixo, mas ainda dentro do estudo, temos também Londrina em 13º lugar, se destacando também pela redução efetiva da complexidade tributária e a redução dos processos.

Este é um cenário indubitavelmente positivo e a tendência é só melhorar. É importante colocar que junto com condições melhores para fazer o capital girar é inevitável o olhar dos investidores, tornando a negociação e a abertura de capital crescentes em um período de médio a longo prazo. Apesar de São Paulo ainda estar em primeiro lugar da lista (pelo terceiro ano consecutivo até 2017), não dá pra negar que Curitiba impõe respeito e credibilidade suficientes para se mostrar um lugar seguro tanto em termos de investimento quanto de abertura de um negócio. E este é o ambiente mais favorável possível para profissionais liberais, incluindo coworkers.

Tanara Fagundes para Brains Coworking

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